quinta-feira, 5 de junho de 2008

Mãe

Difícil enumerar quantas vezes agente bate boca com a própria mãe, sem razão alguma.
Isso é fato.
Duvido que sou só eu quem implica com tudo que ela faz, e vice-versa. Duvido que nenhum de vocês fica puto quando está andando no shopping e ela quer andar de mãos dadas, ou quando está tentando conversar com alguém no MSN e ela fica passando a mão no seu cabelo, querendo atenção.
É isso que ela quer, atenção.
As pessoas vão ficando velhas, e fica difícil acompanhar a evolução das coisas, o crescimento dos filhos e tal... e o que isso acarreta? Carência.
Não to aqui pra criticar a minha mãe. Estou aqui pra criticar a mim, e a vocês todos também.
Hoje, 5:30 (agora são 6:20) assinei minha carta de alforria, e ao mesmo tempo meu atestado de óbito. Atestado de óbito sim. Vocês não sabem oque é ficar sem mãe...
Ela foi viajar (Oh, novidade!), 2 meses sozinho em casa, festa todo dia, a casa vira um hotel, a porta fica aberta a todos. Vontade de fazer festa e quebrar tudo?^
Não.
Solidão mesmo.
Quantos de vocês tem o prazer de acordar domingo de manha, de ressaca, abrir a porta do quarto, e procurar a mãe pela casa pra saber oque vai rolar no almoço? Poizé, vanglorie momentos assim. Esse prazer é raro pra mim.
Andar de mãos dadas no Shopping? Era tudo que eu mais queria agora, é um tempo só nosso, tudo em volta se apaga, e o cheirinho da blusa dela me lembra do meu edredon, que me abraça a noite.
Cafuné na hora errada, quando eu no MSN. Fico imaginando agora, essa hora da manhã, com esse frio, e ela me pegando de surpresa com esse cafuné mala, que só me tira a concentração. Era tudo que eu queria.
Pare de achar que sua mãe é a pessoa mais ridícula, antiquada, chata do planeta. Aproveite cada segundo que você tem com ela. Abrace-a, e em cada abraço, coloque "aquele" amor entre vocês dois, e aperte bem. Diga alguma coisa no ouvido dela. Seu dia vai mudar.
Nunca me arrependo de nada que fiz, apenas do que não fiz. Me arrependo muito das coisas que deixei de fazer essa semana. Desse abraço, do cafuné, da volta no shopping...
Se tudo isso tivesse acontecido, talvez o post de agora seria " Pai" e não "Mãe"...
Espero não precisar escrever um post com esse nome, "pai"... me basta tudo isso revirando no meu estômago agora...

2 comentários:

Anônimo disse...

nossa ricaaa li isso agora eu tinha acabado de desligar o tel com a minha mae ai depois liguei pra ela de novo!!! foi o melhor post q vc escreveu aqui hahahahaa muito certo isso adoreiii e adoro
bjooooooooooooooooo da tata!!

Anônimo disse...

Com certeza um dos seus melhores posts!
Dar valor a ela é o mais importante na vida...vc conseguiu definir tudo o que todos sentimos! E conseguiu abrir nossos olhos para aproveitar esse amor gostoso que só ela sabe nos dar!